- Da minha parte, eu já disse que o Brasil está pronto para negociar. Se o Pascal Lamy [diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC)] quiser nos fechar numa sala para que nós coloquemos números nas negociações, eu estou pronto para dar valores a todas as áreas de negociação - disse Amorim.
O ministro foi mais longe, afirmando que o Brasil não só quer discutir como também está pronto para fazer concessões quando achar conveniente.
- Estamos dispostos a dar números, mas não só aqueles óbvios, do G20 [grupo de países agroexportadores, liderados pelo Brasil], mas números de negociação. O que é preciso ver é se os outros também estão prontos - questionou o ministro.
Amorim disse que a Rodada Doha tem de acontecer no âmbito global, mas também levando em consideração as necessidades de cada país de estabelecer negociações bilaterais.
- Se decidiu retomar as negociações, mas com a compreensão de que elas têm de passar por várias formas, também com grupos pequenos e conversas bilaterais. É preciso que as discussões tenham o máximo possível de transparência - afirmou.
Confirmando uma declaração anterior sua, Celso Amorim disse que o encontro dos ministros em Davos não abordou números ou valores a serem levados em conta nas negociações.