Bush ganha apoio da Câmara dos Representantes para atacar o Iraque

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Publicado Quinta, 10 de Outubro de 2002 às 14:16, por: CdB

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, nesta quinta-feira, uma resolução que concede ao presidente George W. Bush autoridade para usar a força contra o Iraque, como forma de obrigar o país do Golfo Pérsico a se desarmar. O texto foi aprovado, em instância final, por 296 votos a 133. Em um rápido pronunciamento na Casa Branca, o presidente Bush elogiou a decisão dos parlamentares. "Eles falaram claramente ao mundo e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas: a ameaça iraquiana tem que ser confrontada", disse. "Eles (os iraquianos) têm que ser desarmados", salientou. "Têm que cumprir as resoluções da ONU. Não há outra opção para o Iraque, não há negociações". "Os Estados Unidos estão comprometidos em tornar o mundo mais seguro; a votação de hoje (quinta-feira) é importante para atendermos aos compromissos da América", concluiu. A Casa Branca afirmou que o apoio do Congresso, primeiramente expressado pela câmara baixa, mostrará a determinação dos Estados Unidos perante a Organização das Nações Unidas (ONU) e o governo de Bagdad. A ONU está acertando com representantes do Iraque o retorno dos inspetores de armas ao país, o que deverá acontecer na próxima semana. "Não é um ato de guerra", sustentou o senador John Warner, um dos promotores da resolução no Senado. "É um ato para deter a guerra". Bush alega que, com a resolução, será mais fácil forçar o Iraque a cumprir todas as suas obrigações junto à ONU visando à erradicação de armas de destruição em massa. Os compromissos foram assumidos após a Guerra do Golfo, em 1991. No Senado, onde a resolução ainda está sendo debatida, Bush ganhou uma importante batalha visando à aprovação de sua iniciativa. Após passar semanas expressando veemente oposição à resolução, o líder da maioria na Casa, o democrata Tom Daschle, voltou atrás e anunciou apoio ao presidente. "Acredito ser importante para a América falar em uníssono", afirmou Daschle. "A ameaça representada por Saddam Hussein pode não ser iminente", prosseguiu. "Mas é real. Está aumentando. E não pode ser ignorada".

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