Brasil quer garantir pensão alimentícia a filhos de pais residentes no exterior

Arquivado em:
Publicado Sexta, 23 de Março de 2012 às 10:14, por: CdB

Christina Machado
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Brasil poderá em breve se tornar signatário da Convenção da Haia de Alimentos e seu Protocolo sobre Lei Aplicável. Para isso será formado dentro de 20 dias um grupo de representantes dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores para auxiliar na preparação do Brasil à sua adesão.

O objetivo da iniciativa é facilitar o pagamento de pensão alimentícia a filhos de pais residentes no exterior. A portaria interministerial foi publicada hoje (23) no Diário Oficial da União.

Segundo Camila Colares, diretora-adjunta do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI/SNJ), o Brasil faz parte da Convenção da Haia no que diz respeito a outros temas. Atualmente, no entanto, sua adesão em relação à pensão alimentícia vem sendo cobrada por alguns parceiros comerciais, como Estados Unidos para unificar e agilizar o processamento jurídico relacionado à pensão alimentícia. Os norte-americanos não assinam outro acordo sobre o assunto, alegando que basta um acordo internacional sobre o tema.

A Conferência da Haia é o organismo internacional responsável pela unificação de procedimentos jurídicos relacionados a questões de direito civil nos países signatários. De acordo com o Ministério da Justiça, a pensão alimentícia é responsável por 45% dos cerca de 800 casos de cooperação em matéria civil que tramitam mensalmente no DRCI.

A Cobrança Internacional de Alimentos foi criada em 2007, para padronizar um sistema mundial de reconhecimento e execução de decisões relacionadas à pensão alimentícia. A Convenção prevê também apoio judiciário para casos de pensões alimentícias que não sejam destinados a crianças e sim a outros membros da família.

Edição: Fernando Fraga
 

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo