Bispo é libertado no Iraque e vigário nega pagamento de resgate

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Publicado Terça, 18 de Janeiro de 2005 às 07:59, por: CdB

O arcebispo iraquiano Basile Georges Casmoussa, de 67 anos, seqüestrado nesta segunda-feira em Mosul, ao sul do Iraque,  foi libertado, nesta terça-feira, segundo informou a agência missionária católica Misna. 

A notícia da libertação foi dada pelo monsenhor Petros Mouche, vigário geral da arquidiocese de Mosul, que negou o pagamento de resgate. O monsenhor Petros Mouche havia falado mais cedo, por telefone, com o refém. 

A agência Misna já tinha noticiado que os seqüestradores do arcebispo sírio católico haviam pedido US$ 200 mil. A Misna atribui a informação a Paulos Rahho, arcebispo caldeu da mesma cidade de Casmoussa, Mosul, no Norte do Iraque, que mencionava a conversa do monsenhor Mouche com os seqüestradores, que usavam o aparelho celular do refém.

- A diocese está tentando recolher o dinheiro necessário para que o arcebispo seja colocado em liberdade - disse o Rahho na ocasião, quando já se mostrava otimista com a possibilidade de o arcebispo ser libertado ainda nesta terça-feira.

Casmoussa, de 67 anos, foi capturado por homens em dois carros na zona norte de Mosul, a terceira maior cidade do Iraque, pouco depois das 17h (12h horário de Brasília), segundo uma autoridade eclesiástica local.

Casmoussa é membro da Igreja Católica Síria. Há duas dioceses sírias no Iraque: uma em Bagdá e a outra em Mosul. Segundo o anuário do Vaticano, Casmoussa nasceu na cidade iraquiana de Qaraqosh. 

- A Santa Sé deplora esse ato de terrorismo da maneira mais firme possível e exige que esse valoroso pastor seja rapidamente libertado, sem sofrer dano, para continuar levando adiante seu ministério - disse o porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro-Valls.

Em agosto do ano passado, cinco igrejas de Bagdá e de Mosul foram alvo de bombas, em ataques coordenados que mataram 12 pessoas. Cinco igrejas de Bagdá foram atingidas por bombas em 16 de outubro, quando começou o mês sagrado muçulmano do Ramadã.

Oito pessoas foram mortas em dois atentados contra igrejas em 8 de novembro. A Missa do Galo foi cancelada no último Natal, pois várias cidades estavam sob toque de recolher e os líderes cristãos temiam novos ataques.

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