BH recebe restrospectiva de premiado fotógrafo francês

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Publicado Segunda, 27 de Fevereiro de 2012 às 11:38, por: CdB

O Espaço Mari’Stella Tristão, no Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro) recebe a partir de sexta, dia 2, a exposição “Marc Riboud”, realizada pela Fundação Clóvis Salgado em parceria com a Aliança Francesa de Belo Horizonte. Com curadoria da Delegação Geral da Aliança Francesa no Brasil, a exposição fica em cartaz até o dia 11 de abril, tem entrada gratuita e pode ser vista de terça a sábado, de 9h30 às 21h, e aos domingos, das 16h às 21h.

A mostra é composta por 51 fotos, de tamanhos variados, de 1953 a 2009, registradas pelo importante fotógrafo francês que dá nome à mostra. Apelidado de “andarilho do vento” pelo diretor geral da Aliança Francesa no Brasil, Yann Lorvo, suas fotos são um testemunho diferenciado dos grandes eventos e de lugares diversos, do oriente ao ocidente.

“De Washington ao Vietnã, do Nepal às Índias, da China à África ou no Brasil, ele colecionou as imagens como se colecionam borboletas, com cuidado, prazer e paixão. Sua capacidade de se surpreender, seu amor pela vida e pelo próximo aparecem na sua maneira de descobrir as culturas distantes e de voltar várias vezes aos países que visitou”, explica Yann Lorvo.

Além dessas fotos, também estarão expostas dez montagens de fotografias feitas por Riboud no Brasil em 2009, durante suas visitas a Porto Alegre e Rio de Janeiro. “Cada dia de minha viagem foi um encanto. Mais ainda do que a beleza das paisagens e das cidades, pude apreciar o calor e a elegância das relações humanas. A compreensão é imediata e profunda, assim como é imenso o apetite pelos intercâmbios culturais”, declarou o fotógrafo, que esperou 85 anos para vir ao Brasil.

Para a presidente da Fundação Clóvis Salgado, Solanda Steckelberg, a exposição reafirma as parcerias estabelecidas pela fundação com diversas instituições e tem o objetivo de promover a circulação de conteúdos relevantes para a compreensão da arte mineira, brasileira e internacional contemporânea, valorizando as diversas linguagens artísticas.

Desde 2010, a exposição passou por diversas cidades do Brasil, como Salvador, Recife, Fortaleza, Porto Alegre, São Paulo, Belém e Curitiba, e foi vista por aproximadamente 100 mil pessoas.

Marc Riboud



Marc Riboud nasceu em 1923 em Lyon. Durante a Exposição Universal de Paris, em 1937, ele realizou suas primeiras fotografias. De 1945 a 1948, estudou Engenharia na Ecole Centrale de Lyon e trabalhou em uma fábrica antes de resolver dedicar-se à fotografia.

Em 1953, conseguiu publicar na revista Life a foto de um pintor da Torre Eiffel. Convidado por Henri Cartier-Bresson e Robert Capa, integrou a equipe da agência Magnum. Em 1955, passando pelo Oriente Médio e o Afeganistão, foi por terra até a Índia, onde ficou um ano antes de ir para a China. Depois de uma estada de três meses na antiga URSS, em 1960, fez a cobertura das independências na Argélia e na África negra.

Entre 1968 e 1969, realizou reportagens no Vietnã do Sul e também no Vietnã do Norte, onde foi um dos poucos fotógrafos a poder entrar. Nos anos 1980, viajou regularmente pelo Oriente e pelo Extremo Oriente e realizou exposições em Paris, Londres, Nova Iorque, Beijing, Hong Kong e Bilbao.

Além de fotografias, publicou vários livros sobre a China, o Tibete e o Camboja. Seu trabalho foi exposto em diversos museus. Riboud recebeu, entre outras recompensas, dois prêmios do Overseas Press Club, o Time-Life Achievement, o Lucie Award, o ICP Infinity Award e, recentemente, o Sony World Photography Award.

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