O ex-ministro da Justiça israelense Yossi Beilin tachou de ladrão o governo de Ariel Sharon, devido à iminente apropriação de imóveis e terrenos abandonados pelos palestinos em Jerusalém depois da proclamação do Estado de Israel, em 1948.
Na quinta-feira passada, o jornal <i>Haaretz</i> anunciou a intenção do governo do primeiro-ministro Ariel Sharon de transferir ao Estado israelense os bens situados na área de Jerusalém oriental e ocidental que sejam propriedade dos palestinos "ausentes", de acordo com uma lei de 1950.
Em julho de 2004, o governo israelense decidiu aplicar a lei, que permite às autoridades administrativas de Jerusalém apropriar-se dos territórios abandonados pelos palestinos de Jerusalém que, em sua maioria, são obrigados a viver atualmente na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e no exterior, sem possibilidade de retorno.
Beilin afirmou que a decisão equivale a "roubar a propriedade" e que "não é democrática". "Ninguém, nem da esquerda nem da direita, ousou fazer isso", acrescentou.
Fontes franciscanas, ordem que permanece na cidade velha de Jerusalém desde o século XIII, disseram: "Embora nós nunca estivemos ausentes, o problema claro afeta vários palestinos cristãos tanto de Jerusalém como de Belém que perderam muitas propriedades por escapar da guerra."
Rio de Janeiro, Sexta, 29 de Março de 2024
Beilin chama Ariel Sharon de ladrão
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Publicado Sábado, 22 de Janeiro de 2005 às 15:32, por: CdB
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