BC: Inflação para 2007 fica acima dos 4%

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Publicado Segunda, 15 de Janeiro de 2007 às 09:57, por: CdB

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de parâmetro para as metas do governo, deve chegar este ano a 4,07%, de acordo com estimativa média de uma centena de analistas de mercado e de instituições financeiras consultados na última sexta-feira pelo Banco Central. A projeção é maior do que a da semana anterior, de 4%. Pelas contas dos economistas da iniciativa privada, reveladas no Boletim Focus que o BC divulgou na manhã desta segunda-feira, a inflação de 2007 também ficará abaixo do centro da meta, que é de 4,5%, mas acima do IPCA de 3,14% apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano passado - menor inflação anual desde 1998, quando chegou a 1,65%.

A pesquisa projeta, ainda, leve aumento na expectativa de IPCA para os próximos 12 meses, de 4,02%, na pesquisa anterior, para 4,03%. Resultado dos aumentos das projeções de inflação para este mês, de 0,40% para 0,43%, e para fevereiro, de 0,44% para 0,45%. A perspectiva é de baixa, porém, quanto ao Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) na capital paulista, e deve cair de 3,97% para 3,85% na comparação semanal. A estimativa também é de queda nos preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, transporte urbano e outros). A pesquisa da semana passada projetava reajustes acumulados de 4% no ano, e agora aposta em 3,95%.

Os analistas de mercado projetam comportamento de baixa dos preços também no atacado. O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que na semana passada estimava inflação de 4,30%, reduziu agora para 4,14%, ao mesmo tempo em que o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) cedeu de 4,29% para 4,25%.

Juros mais baixos

Na reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) realizará nos próximos dias 23 e 24 deste mês, a taxa básica de juros (Selic) deve cair dos atuais 13,25% ao ano para 13%, de acordo com o boletim Focus. Os números da pesquisa indicam a confiança do setor de que a taxa continuará caindo gradativamente ao longo do ano, de modo a chegar aos 11,75% em dezembro, com média anual de 12,22%. Isso, num contexto de mercado no qual a cotação do dólar norte-americano termine o ano em no máximo R$ 2,20.

Os analistas financeiros mantiveram a aposta de crescimento da economia em 3,73%, no ano passado, e sustentam aumento, este ano, de 3,50% para o Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país. Segundo eles, a projeção de crescimento industrial de 2006 caiu mais um pouco, de 3,09% para 3,06%. Eles refizeram as contas sobre a equivalência entre PIB e dívida líquida do setor público, e elevaram a relação dívida/PIB de 50% para 50,05% nos números finais de 2006. Em compensação, reduziram de 49% para 48,90% a projeção da relação dívida/PIB no final de 2007.

De acordo com a pesquisa, o saldo da balança comercial (exportações menos importações) será de US$ 39 bilhões, e não mais os US$ 38,60 bilhões estimados na semana anterior. Mas reduziram de US$ 6,40 bilhões para US$ 6,20 bilhões a projeção de saldo de conta corrente, que envolve todas as transações comerciais e financeiras com o exterior.

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