Bastos nega que PF esteja rastreando telefones de Lula

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Publicado Quarta, 25 de Outubro de 2006 às 16:06, por: CdB

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, negou nesta quarta-feira, que os telefones do gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estejam sendo rastreados pela Polícia Federal em busca de informações sobre as pessoas envolvidas com a compra do dossiê Vedoin.
- Não se pode rastrear o gabinete do presidente. Quem pode rastrear telefone do presidente é o Supremo Tribunal Federal (STF) por requisição do procurador-geral da República -, disse.

Bastos confirmou, no entanto, que outras linhas telefônicas do Palácio do Planalto são alvos de investigação da polícia.

- O que a PF está fazendo, e é importante que isso não seja distorcido, é olhar em relação a todas pessoas envolvidas nesse caso, as ligações que foram feitas, para quem foram feitas. E essas pessoas não são bandidos que vieram de Marte, são pessoas que estavam ligadas ao PT. É natural que liguem para pessoas relacionadas ao PT - , afirmou.

- O que existe é uma checagem das ligações e que podem não representar nada. É uma investigação séria e difícil e que não vai ser distorcida pela paixão eleitoral daqueles que estão perdendo a eleição -, ressaltou.

Entre os contatos investigados pela PF está um telefonema de Jorge Lorenzetti a Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula. Lorezentti é apontado pela PF como mentor da compra do dossiê contra os tucanos. Carvalho admite que conversou com Lorezentti no período da descoberta da operação do esquema do dossiê, mas nega envolvimento com o caso. Alega que quis apenas saber de Lorezentti informações sobre o episódio.

Bastos rebateu ainda as críticas de integrantes da CPI dos Sanguessugas de que a PF está obstruindo os trabalhos dos parlamentares em relação à compra do dossiê. Para o ministro, a postura da oposição é "cena eleitoral".

- Uma coisa é falar, uma coisa é fazer uma afirmação abstrata. Eu gostaria que se apontasse um fato concreto, uma atitude da PF que indicasse isso. Essa investigação é comandada por um juiz extremamente profissional. Querer tirar disso vazamento de informações é jogo de cena eleitoral. Não vamos deixar -, disse.

As declarações foram dadas em uma cerimônia de posse do novo superintendente da PF em Brasília, Romero Lucena de Menezes. O ministro afirmou ainda que a PF não vai nem atrasar nem acelerar as investigações por conta das eleições.

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