Seedorf: feliz com o início no Botafogo (AGIF / BFR)
Há exatos cinco meses, o Botafogo anunciava a contratação de Seedorf, a maior de um estrangeiro da história do futebol brasileiro. Neste curto período, o clube já pode exaltar o acerto no reforço, craque dentro de campo, líder, referência e carismático. Disposto a colaborar tecnicamente e institucionalmente. O holandês também comemora a escolha na carreira e o bom começo.
“Gostei da experiência toda. A preparação para os jogos, a maneira de treinar, a conduta antes dos jogos… Todos os detalhes, que as pessoas de fora não vivem, em cada país são diferentes. Foi muito legal poder me acostumar com os padrões do Brasil. Felizmente, consegui entrar no ritmo rápido, mas precisávamos formar um grupo novo e não foi fácil com jogos de 3 em 3 dias. Foi um trabalho que, é claro, queríamos resultados melhores, mas no final foi positivo”, argumenta.
Nestes cinco meses de clube, foram 25 jogos, 9 gols, golaços, dribles, chegada de gala no aeroporto, apresentação festiva no estádio, coletivas de imprensa, declarações consistentes, personalidade, braçadeira de capitão, liderança… E um momento que marcou, pelo comprometimento: as lágrimas ao sair machucado no jogo com o Atlético-GO.
“A gente vinha de uma sequência de resultados importantes, não foi por dor, mas por consciência do momento do time e da minha importância para ajudar dentro e fora do campo. Também sou uma pessoa muito intensa, vivo tudo com muita intensidade. A vida é muita curta para perder tempo com superficialidades. É minha filosofia de vida, deixar tudo com o coração tranquilo. Foram muitos momentos de alegria e outros difíceis. Quando se tenta construir uma coisa, nem sempre é como você quer. Nessa hora, você cresce”, explica.
Para ter um ano de 2013 ainda melhor, Seedorf considera que a permanência de Oswaldo de Oliveira vai ser fundamental. Identificado com as ideias do treinador, ele vislumbra conquistas para o Botafogo.
“Acho que Oswaldo é um técnico fantástico e uma pessoa com grande valor. A gente criou internamente um grupo que está crescendo. O Brasil tem que mudar essa coisa de trocar treinador o tempo todo, não tem sentido. É preciso criar um ciclo. É claro que tem momentos que, de verdade, não dá mais. O Manchester United tem o mesmo técnico há 25 anos. Dá mais liberdade de construir e segurança para acertar as coisas, nenhum time vencedor nasce de um dia para o outro. Não é só o resultado final, ganhar, é ter time competitivo e mostrar valor. O clube está crescendo, querendo voltar para onde estava há anos atrás, com a importância que tem para o Brasil”, destaca.
Há um ano e meio sem férias, Seedorf quer descansar ao fim do Campeonato Brasileiro, mental e fisicamente. Antes, profissional que é, só pensa em encerrar o ano com uma vitória no clássico contra o Flamengo, neste sábado, no Stadium Rio.
Confira as melhores imagens da AGIF do treino desta sexta-feira!
Danilo Santos