Baixarias de sobra na imprensa nacional

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Publicado Segunda, 29 de Janeiro de 2007 às 13:15, por: CdB

A quem interessa?
Entraves na vida pessoal de celebridades são matéria-prima para a chamada imprensa marrom. Jornais, revistas, programas de tv e rádio deleitam-se durante meses com esse tipo de informação que, na verdade, não interessa a ninguém.
A não ser aos envolvidos, claro.
Não é especialidade do Brasil, nós aqui só copiamos o modelo. A maior e mais bem-sucedida imprensa sensacionalista é a britânica, que tem nas confusões da família real assunto constante para bater recordes de vendas.
Péssimo exemplo.
 
Bush
A popularidade do presidente dos EUA atingiu índices baixíssimos após o discurso sobre o estado da União, há uma semana, revela a revista Newsweek. Menos de 30% ainda acreditam que ele esteja fazendo um bom governo. Além disso, 83% dos entrevistados acham que Bush entrará para a história como um presidente na média ou abaixo da média. Enquanto isso, os democratas aquecem suas campanhas para as eleições presidenciais de 2008.
 
Livros
A venda de livros na França caiu 1,5% em 2006. Parece pouco para chamar a atenção, mas é o maior recuo em 15 anos. A estatística é da publicação especializada Livres Hebdo. As reduções afetaram particularmente as vendas de livros científicos, técnicos e médicos (-4,5%), as de enciclopédias e dicionários (-3,5%). O motivo pode estar associado à grande oferta desse tipo de informação na internet.

Afogado
O governador paulista José Serra foi irônico ao classificar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), recém-lançado pelo governo federal.

- É uma tentativa do afogado se salvar apenas puxando o cabelo - disse Serra, que é suspeito para falar desse assunto, já que nem tem cabelos na cabeça para puxar.
Na verdade, o PAC é somente mais um "pacote econômico", para adiar as necessárias reformas da previdência e trabalhista que emperram o desenvolvimento do país.

Troca-troca
Pelo menos 20 deputados federais devem trocar de partido, antes mesmo de tomar posse. Essas trocas não são proibidas pela lei nem significam um novo fenômeno político. Pelo contrário, já representam uma tradição no Brasil, onde o voto ideológico praticamente não existe e o eleitor só serve como massa de manobra.

Professor
Com uma aula inaugural na Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), em São José dos Campos, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin já assumiu sua nova carreira de professor no curso Gerente de Cidades. A expectativa era de que ele abordasse o caso do buraco do metrô e o contrato sem fiscalização pública que assinou quando governador, mas Alckmin, estrategicamente, nem tocou no assunto.

Mistério
O preço do petróleo mantém sua trajetória de queda, mas no Brasil isso não significa nada. É como se estivéssemos em outro planeta. As cotações do petróleo podem despencar no exterior, mas o preço na bomba de gasolina brasileira não sofre qualquer redução. É um mistério inexplicável.

Brincadeira
Os agentes de viagens de São Paulo colocaram a Gol na berlinda. O boicote é um protesto contra a redução das comissões pagas pela empresa - de 10% para 7% nos vôos domésticos e de 9% para 6% nos internacionais. Denunciaram também a empresa por propaganda enganosa, devido à campanha que anunciava passagens por R$ 1, uma brincadeira sem a menor graça.

Cerveja canina
Na ânsia de cada vez ganhar mais dinheiro, os empresários tornam-se criativos e até surreais. É o caso de Terrie Berenden, dona de uma pet shop na cidade holandesa de Zelhem, que criou uma cerveja especial para cachorros, feita de extrato de carne vermelha e malte, mas sem álcool. Será que algum otário compra?

Rodrigueanas
A propósito das baixarias que envolvem a política brasileira, é sempre bom lembrar o genial Nelson Rodrigues.
- O Brasil é um elefant

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