Aumenta o índice de confiança do consumidor nos EUA

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Publicado Sexta, 07 de Abril de 2006 às 09:23, por: CdB

O consumidor norte-americano passou a acreditar mais na economia de seu país, no início deste mês, mesmo com a alta nos preços do combustível e com o encarecimento do crédito no país, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo instituto privado de pesquisa Ipsos. O índice RBC Cash (Confiança e Gastos do Consumidor por Domicílio, na sigla em inglês), baseado na pesquisa do instituto, subiu para 89,4 pontos nos primeiros dias deste mês, contra 86,2 apurados no mesmo período de março.

Os dados da pesquisa foram coletados através de 1.003 entrevistas realizadas entre segunda-feira e quarta-feira desta semana e tem uma margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Economistas e analistas receberam com otimismo o dado.

- Podemos encontrar alívio no fato de que mesmo com todas as preocupações, sobre preços da energia, altas taxas de juros e desaceleração no mercado imobiliário, a confiança aumentou - disse o presidente da ClearView Economics, Ken Mayland, à agência de notícias norte-americana Associated Press.

A escala de medição vai até 100 pontos, obtidos na leitura feita em janeiro de 2002, quando o Ipsos começou a pesquisa. Segundo o instituto, um dos fatores que fez o ânimo dos consumidores crescer no período foi a situação do mercado de trabalho, que tem apresentado um perfil positivo: a economia dos EUA conseguiu criar 211 mil postos de trabalho em março, enquanto a taxa de desemprego no país ficou 4,7%, menor desde julho de 2001, informou nesta sexta-feira o Departamento do Trabalho dos EUA.

O componente do índice que avalia o mercado de trabalho atingiu o resultado recorde de 124,5 pontos. No início do mês passado, o componente havia ficado em 118,5 pontos. O mercado imobiliário tem mostrado sinais de desaceleração: no mês passado, as vendas de casas novas desabaram nos EUA, com uma queda de 10,5%, seguida de uma redução também no preço médio dos imóveis residenciais. A valorização dos imóveis tem ajudado a financiar os gastos dos americanos. Se os preços caírem, o consumo pode sofrer um golpe e, no limite, levar a economia americana à recessão.

Os preços da gasolina também estão altos, o preço médio do galão (3,785 litros) está em US$ 2,59 hoje nos EUA, o que também tem afeta a renda disponível para consumo de bens e serviços dos americanos. O preço da gasolina costuma ficar abaixo dos US$ 2 no país. O componente do índice que avalia a situação atual da economia caiu para 98 pontos, contra 103,9 em março. A intenção de fazer compras a prazo também caiu, com a série de elevações dos juros dos EUA encarecendo o crédito no país. O Fed elevou sua taxa de juros no mês passado para 4,75% ao ano.

O indicador de expectativas para os próximos seis meses subiu para 56,9 pontos no início deste mês, um avanço considerável na comparação com os 40,7 pontos referentes ao mesmo período de março.

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