Insurgentes realizaram seis atentados coordenados nesta terça-feira em Kirkuk, região petrolífera no norte do Iraque, matando pelo menos 14 pessoas.
Os ataques ocorreram um dia depois de a Al Qaeda iraquiana anunciar o sucessor de Abu Musab al-Zarqawi, morto na semana passada em bombardeio norte-americano, e prometer manter os atentados suicidas e as decapitações.
- Os terroristas querem passar a mensagem de que estão ativos apesar de Zarqawi ter sido morto - disse Rizgar Ali, diretor do conselho de governo de Kirkuk.
Em um dos piores ataques, um carro-bomba explodiu em frente à casa de um comandante policial, ferindo-o gravemente e matando um de seus guarda-costas. Quando forças locais e norte-americanas se concentravam na área, uma bomba explodiu em uma calçada, matando dez civis. Essa tática é normalmente usada pelos insurgentes sunitas do Iraque.
A polícia está em alerta máximo, e seus agentes usam carros civis para não atraírem atenção.
- A situação está muito difícil - afirmou um policial, pedindo anonimato.
Kirkuk é uma cidade dividida entre vários grupos étnicos e religiosos, inclusive árabes sunitas, curdos e turcomanos, o que a torna uma das mais explosivas do país.
Em outro incidente de terça-feira em Kirkuk, um militante suicida foi alvejado por guardas quando tentava lançar um carro contra uma delegacia. Ele conseguiu provocar a explosão, que matou também dois policiais e feriu dez civis.
Outro carro-bomba, também guiado por um suicida, explodiu junto à sede regional de um partido curdo comandando pelo presidente do Iraque, Jalal Talabani. Duas pessoas ficaram feridas, segundo a polícia.
Pouco depois, outro militante foi alvejado quando tentava atacar o mesmo edifício com um carro. Um outro prédio da União Patriótica do Curdistão também foi atacado da mesma forma, e quatro guardas ficaram feridos.
Finalmente, uma bomba explodiu em uma calçada junto a uma faculdade de direito, matando uma pessoa e ferindo duas.
Pouco se sabe no Ocidente sobre o sucessor de Zarqawi, Abu Hamza al-Muhajir. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, comemorou a morte do "representante" de Osama bin Laden no Iraque, mas admitiu que isso não vai acabar com a guerra. Bush disse que al-Muhajir certamente está "na lista" de alvos dos norte-americanos.