Por: Marcos Chagas, da Agência Brasil
Publicado em 25/06/2012, 10:20
Última atualização às 10:20
TweetMuros pichados e povo nas ruas em Assunção: destituição do presidente Lugo provoca reações populares e diplomáticas (Marcello Casal Jr/ABr)
Brasília - O presidente da Comissão Conjunta do Mercosul,senador Roberto Requião (PMDB-PR), quer a suspensão do Paraguai no Parlasul,Parlamento representado por deputados e senadores do Uruguai, Paraguai, Brasile Argentina. Na reunião da comissão brasileira, amanhã (26), às 14h30, osenador colocará em debate oimpeachment do ex-presidente Fernando Lugo eoficializará essa proposta.
Ontem (24), o país foi suspenso do Mercosul, bloco formadopelos mesmos países do Parlasul. Para Requião, o impeachment de Lugo,aprovado pelo Congresso, é uma demonstração evidente de ruptura do EstadoDemocrático de Direito, cláusula fundamental imposta pelo Acordo de Adesão aoMercosul.
Roberto Requião destacou que os liberais não governam oParaguai há 72 anos e o impeachment de Fernando Lugo abriu espaçopara a retomada do poder com a posse do vice-presidente e representante doPartido Liberal Radical Autêntico (PLRA), Federico Franco.
“Isso vem de tempo. O que aconteceu não foi tãoextraordinário”, disse Requião à Agência Brasil. Na opinião do Parlamentarbrasileiro, o partido do então vice-presidente já preparava um golpe de Estadoe só esperou o momento certo para ter um pretexto.
A comissão conjunta brasileira delibera semanalmente, noSenado, propostas para serem levadas às reuniões do Parlasul. No dia 2 dejulho, está agendado um encontro do parlamento, em Montevidéu, sede doParlasul. Para concretizar sua defesa, Requião terá que contar com o apoiounânime dos integrantes da comissão.