Apesar de ter obtido na Justiça o direito de ficar em silêncio, Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, afirmou no início da reunião desta quinta-feira (28) da CPI do Cachoeira que contribuirá com as investigações. Ele foi convocado na condição de testemunha para ajudar a esclarecer fatos relacionados ao governador do Distrito Federal (DF), Agnelo Queiroz (PT). A reunião começou por volta das 10h30.
Monteiro obteve habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe garante o direito de não falar durante a reunião. Os demais convocados desta quinta-feira, o ex-assessor da Casa Militar Marcello de Oliveira Lopes e o ex-subsecretário de Esportes, João Carlos Feitoza, também conseguiram habeas corpus na Justiça.
A apresentação de habeas corpus por depoentes na CPI mista do Cachoeira voltou a receber críticas de parlamentares, na abertura da reunião. Após a leitura das liminares concedidas pelo STF aos convocados, deputados reivindicaram a mudança no rito da CPI em relação ao silêncio dos depoentes.
Pelo procedimento atual, os depoentes são dispensados imediatamente após se recusarem a falar.
Uma das propostas é de que mesmo evocando o direito constitucional de permanecer em silêncio, os depoentes sejam obrigados a permanecer na sala enquanto deputados e senadores elaborarem questões sobre o caso.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), vice-presidente da comissão, assegurou que será mantido o rito atual na reunião desta quinta-feira.
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