A senadora Ana Amélia (PP-RS) se associou nesta terça-feira (1°), em Plenário, aos movimentos que pedem a inclusão da energia térmica no leilão de energia A-5, que deve ser realizado pelo governo federal no final do ano. O leilão, para a contratação de energia que deverá ser usada em 2016, prevê a compra de energia de fontes hídricas, eólicas, de gás e de biomassa, mas não do carvão, o que poderá, segundo a senadora, gerar prejuízos à Região do Sul do País.
– O Rio Grande do Sul importa 65% da energia que consome, por isso, a energia termelétrica possui alta relevância. Além de diminuir a dependência energética do meu estado, movimenta a economia a partir das usinas geradoras e da indústria de estação do carvão mineral.
Para a senadora, o Rio Grande do Sul será o maior prejudicado, já que conta com 90% do carvão existente no Brasil. A ausência de previsão de compra de energia térmica no leilão, segundo Ana Amélia, inviabilizaria sete novos projetos, além de gerar risco de fechamento da usina localizada em São Gerônimo, a mais antiga do país. Com isso, milhares de trabalhadores poderiam ficar desempregados, alertou.
– Os prejuízos que a exclusão desse modelo energético no leilão A-5 gerará na região mais pobre do Sul do país são imensos e aprofundarão ainda mais as desigualdades regionais no interior do estado do Rio Grande do Sul e também de Santa Catarina.
Para protestar contra a decisão do governo federal, trabalhadores da região carbonífera do estado farão na sexta-feira (2) manifestação no trevo de acesso à cidade de Minas do Leão. A senadora informou, ainda, que o governo do Estado entregará à presidente da República, Dilma Rousseff, nota técnica sobre a necessidade de manutenção do carvão como fonte de energia elétrica.
Da Redação / Agência Senado