Agricultura espera obter R$ 527 milhões do governo para subsídios

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Publicado Segunda, 10 de Janeiro de 2005 às 16:00, por: CdB

O Ministério da Agricultura espera obter R$ 527 milhões do governo federal para subsídios à agropecuária. O valor é quase o dobro dos R$ 272 milhões usados em 2004 para este fim.

O montante foi o suficiente para subsidiar a comercialização de 1.072 milhão de toneladas de trigo, milho e algodão no último ano. O balanço foi apresentado nesta segunda-feira pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin.

O produto que mais recebeu verba governamental foi o milho. Na safra 2003/2004, o excedente do produto reduziu os preços e obrigou a intervenção do Estado. Com isso, o governo comprou cerca de 700 mil toneladas do grão.

- Desse total, quase 340 mil toneladas eram do Mato Grosso. O governo comprou e armazenou na Conab - explicou Ivan. Parte do milho foi encaminhada para as regiões Norte e Nordeste, cuja produção é insuficiente.

O mesmo aconteceu com o trigo, cuja safra também teve excedente. Em 2003, o Brasil exportou o produto, o que equilibrou oferta e demanda, mas em 2004, os preços internacionais do trigo desabaram.

- O Brasil não foi competitivo. Isso gerou excedente de trigo no mercado interno - relatou o secretário.

Todo esse suporte à agricultura tem um objetivo: garantir estoques para o mercado interno.

- Além disso, asseguramos que o produto não terá um preço excessivo e o produtor terá como escoar sua mercadoria - disse Wedwkin.

Para ele, o suporte financeiro ainda é pequeno. Ele considera necessárias alternativas como a Lei 11.076, sancionada pelo governo federal no dia 30 de dezembro de 2004, que cria títulos agrícolas e contratos de opção para empresas privadas.

- Para dar pleno apoio ao produtor seriam necessários R$ 2,5 bilhões. Para isso, vamos usar mecanismos de opção privada - explicou.

Ivan lembrou que no dia 13 deste mês o governo realiza um leilão de 140 mil toneladas de trigo, 50 mil toneladas milho e 12.560 mil toneladas de algodão estocados na Conab.

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