Advogado de suposto atirador pede julgamento justo

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Publicado Quarta, 30 de Outubro de 2002 às 21:11, por: CdB

Os advogados do principal suspeito de ser o atirador de Washington fizeram um apelo ao público para que a presunção de inocência, prevista na Lei americana, seja respeitada no caso. John Allen Muhammmad foi preso na última quinta-feira, junto com John Lee Malvo. Ambos são acusados de serem os autores da carnificina que deixou dez pessoas mortas e apavorou a população de Maryland, Virgínia e Washington. As últimas denúncias - apresentadas na terça-feira pelo governo federal - acusam Muhammad de ter usado arma de fogo em um esquema de extorsão. Inocente Desde as prisões, os assassinatos pararam, mas o advogado designado pelo Estado para defender Muhammad, Jim Wyda, pediu que o direito de presunção da inocência de seu cliente seja respeitado para que seu julgamento seja justo. "Só estamos pedindo a vocês, e ao público, que respeitem este processo", disse Wyda. "Muhammad precisa demais disso. Essa é uma situação em que há tanta emoção envolvida, e tanta paixão, que erros e enganos são estimulados", acrescentou. A polícia afirma que o atirador deixou uma nota exigindo US$ 10 milhões em um dos ataques. O crime de extorsão pelo qual Muhammed, de 41 anos, foi acusado pelas autoridades federais pode ser punido com a morte. Menor de idade Autoridades do governo dos Estados Unidos se recusaram a revelar que acusações serão apresentadas, ou mesmo se elas existem, contra Malvo, de 17 anos, e portanto, menor de idade. O Departamento de Justiça tem dez dias para indiciar os suspeitos. Eles já foram indiciados por assassinato nos Estados de Virgínia e Maryland, onde a maioria dos ataques aconteceu. As polícias e investigadores americanos continuam buscando provas contra Muhammad, um veterano da Guerra do Golfo, e Malvo, um imigrante jamaicano que ele chama de enteado. Um padre, que administra um lar para desabrigados, em que Muhammad teria morado no ano passado, afirmou que ele estaria planejando um ataque terrorista contra os EUA. O processo legal é extremamente complicado porque envolve as leis de três Estados diferentes - cada qual com exigências distintas para a pena de morte.

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