Acusado chora ao entrar em quarto onde casal Richthofen foi morto

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Publicado Quarta, 13 de Novembro de 2002 às 19:25, por: CdB

O mecânico Cristian Cravinhos, um dos acusados de assassinar o casal Marísia e Manfred von Richthofen se emocionou hoje durante reconstituição do crime, realizada no Brooklin, zona sul de São Paulo. Segundo a polícia, ele chorou porque lembrou do momento do assassinato. Além de Cristian, os outros dois acusados pelo crime também participam dos trabalhos: a filha do casal, Suzane, 19, e seu namorado, Daniel, 21 (irmão de Cristian). Os acusados disseram em depoimento que usaram barras de ferro para golpear Marísia e Manfred enquanto dormiam. A reconstituição começou por volta das 11h30. Cristian, o primeiro a participar, terminou sua reconstituição por volta das 15h45. Suzane será a próxima a reconstituir o crime. A polícia havia informado anteriormente que ela encerraria os trabalhos. Seu irmão, Andreas, 15, também está na casa. O crime Os corpos de Manfred e Marísia foram descobertos na cama, na madrugada de 31 de outubro. O engenheiro tinha uma toalha branca no rosto e Marísia estava com um saco plástico na cabeça. Na sexta-feira (8), após depoimentos que se estenderam pela madrugada, a Polícia Civil anunciou ter desvendado o crime. Segundo o DHPP, Suzane, Daniel e Cristian planejaram e executaram o assassinato. A motivação seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais 'por amor' ao namorado. A casa não tinha sinais de arrombamento e o alarme e sistema interno de televisão estavam desligados, o que levou a polícia a investigar a hipótese de o crime ter sido cometido por pessoas próximas às vítimas. A biblioteca estava revirada. Um revólver calibre 38, do engenheiro, foi encontrado ao lado da cama. Conforme a polícia, a arma não foi usada. Suzane disse à polícia, no dia do crime, que havia saído com o namorado e com o irmão na noite de 30 de outubro. Deixaram Andreas em um cibercafé e foram a um motel. Na volta, disse que encontrou as portas abertas e as luzes acesas. Na ocasião, informou aos policiais do 27º Distrito Policial o desaparecimento de R$ 8.000 e US$ 5.000. Durante novos depoimentos feitos ao DHPP, os policiais perceberam contradições entre as falas de Suzane, do irmão e do namorado. Jóias foram encontradas no sítio da namorada de Cristian, C., 16, em Mairinque (66 km a oeste de São Paulo). Ela é uma das testemunhas da polícia. Seu pai disse ontem, após depoimento da adolescente no DHPP, que Cristian chegou a ameaçar a filha de morte caso ela contasse para alguém sobre o assassinato. Disse também que Cristian passou com sua família o primeiro final de semana depois do crime, quando, provavelmente, escondeu as jóias na casa.

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