Abu Alá distribui instruções para retomada das cidades na Cisjordânia

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Publicado Segunda, 17 de Janeiro de 2005 às 04:34, por: CdB

O premier da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ahmed Qorei (Abu Alá), convocou os chefes dos organismos de segurança para distribuir-lhes instruções para retomar o controle nas cidades autônomas da Cisjordânia.

Fontes de ANP disseram, nesta segunda-feira, que essas cidades serão aquelas das quais se retira o exército israelense, que as controla desde 2002, sob pretexto de "destruir a infra-estrutura dos terroristas palestinos".

O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, que participou da reunião, assim como Abu Alá, disse aos chefes palestinos que, apesar dos poucos recursos com que contam os organismos de segurança, terão que assumir a responsabilidade de vigilância e a imposição da ordem nas cidades libertadas da ocupação.

Calcula-se que a ANP conta com mais de 30.000 efetivos policiais distribuídos em doze organismos distintos desde que o falecido presidente Yasser Arafat assumiu o poder nas áreas autônomas, primeiro de Gaza e Jericó, e em 1995 da Cisjordânia.

As autoridades militares de Israel não permitem até o momento a esses agentes palestinos o uso de armas nas cidades da Cisjordânia sob ameaça que se as empunhassem seriam atacados pelos soldados "que não podem distinguir entre policiais e terroristas" quando ocorrem enfrentamentos com milicianos da resistência.

A polícia palestina na Cisjordânia só foi autorizada a empregar suas armas para velar pela ordem durante as eleições presidenciais de 9 de janeiro. Na Faixa de Gaza, a polícia da ANP opera nas regiões autônomas.

A convocação de Abu Alá obedece, aparentemente, a um oferecimento do ministro israelense de Defesa, Shaul Mofaz, que afirmou na semana anterior a decisão de retirar o exército "das cidades onde o governo palestino possa assumir a segurança".

A retirada do exército israelense das cidades de Ramala, Nablus, Hebron, Tulkarem, Kalkilia, Belém e Jericó às linhas que ocupava antes da "Intifada" palestina contra a ocupação na Cisjordânia e Gaza, em setembro de 2000, está prevista no plano de paz do Quarteto de Madri, o "Mapa do Caminho".

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