AAA 6 de Setembro de 2011 - 10h32 Professores sofrem perseguição da prefeita Bete de Dael

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Publicado Terça, 06 de Setembro de 2011 às 12:09, por: CdB

“Terroristas”. Esta foi a opinião emitida pelo vereador Luiz Carlos (PTB), na ultima segunda-feira (29), sobre os professores do município, em discurso na tribuna da câmara municipal de Bezerros.
Sem provas e injustamente, o parlamentar levantou falsas acusações contra as professoras Maria Cristiane; Anne Frank, de traumatizarem e machucarem fisicamente as crianças nas escolas, além de afirmar que o professor e diretor do Sindicato dos Professores em Pernambuco (Sinpro/PE), José Orlando, recebe salário sem exercer a função de professor e incita a categoria a fazer greve. A assessoria jurídica do Sinpro/PE considera que a atitude é motivada por perseguição política e já está providenciando um processo contra prefeitura e o vereador por prática anti-sindical.

Além do destempero, o vereador mostrou desconhecimento quanto à dispensa do professor Orlando, enquadrada na Lei municipal Nº 955 de 15 de junho de 2010 no Artigo 92 que afirma “Será concedido ao professor em efetivo exercício de suas funções, afastamento, sem prejuízo de seus direitos, vencimentos e vantagens, para os seguintes fins: Parágrafo IV. Participar da diretoria do Sindicato dos Professores no Município dos Bezerros, quando eleito, pelo prazo de duração do respectivo mandato”.

No discurso, o parlamentar alegou, ainda, ter o boletim de ocorrência (BO) feito pela mãe do aluno à delegacia contra as professoras Maria Cristiane e Anne Frank. Porém, segundo as docentes, elas não foram convocadas a prestar esclarecimentos, o que leva a crer que este documento não existe. “Em momento algum fomos chamadas. Eles sequer fizeram exame de corpo delito na criança”, explicou Maria Cristiane, suspensa por 30 dias das suas funções, prazo que poderá ser estendido por mais 60 dias, além de ter que responder um processo administrativo, o que, segundo a assessoria jurídica da entidade, é ação irregular, já que a docente não poderia ter sido suspensa sem que antes o processo fosse julgado.

A professora acredita que está sofrendo perseguição por fazer parte do sindicato. Ela teve sua sala de aula invadida pela prefeita, Elizabete Maria Silva de Lima (PR), onde sofreu assédio moral e pressão psicológica por ter feito reivindicações para melhoria das estruturas das escolas do município. A docente prestou queixa da agressão na polícia civil do município.

Todos estes fatos estão relacionados à situação educacional do município:
1- Escolas sucateadas (ECA);
2- Transporte escolar precário, colocando em risco a vida das crianças (ECA e PNATE);
3- Merendas de má qualidade (ECA – FNDE – PNAE);
4- Falta de prestação de contas do FUNDEB;
5- Conselho FUNDEB vencido;
6- Não implementação da lei do Piso e PCCS justo;
7- Falta de depósitos dos recursos do fundo previdenciário;

Fonte Site do Sinpro/PE

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