'A mulher tem que ser percebida pela sua essência', diz psicoterapeuta

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Publicado Domingo, 18 de Março de 2007 às 16:22, por: CdB

 
Para definir a mulher nada melhor do que usar a palavra felicidade e quando se tem no nome felicidade, melhor ainda. Vera Felicidade é o exemplo das grandes mulheres do Brasil. Psicóloga, formada pela Faculdade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da sua maneira vem revolucionando a ciência ao trabalhar há mais de 30 anos com psicoterapia. Ela é a criadora da Psicoterapia Gestaltista que foca o ser humano e suas relações e a comunicação.
 
- Criei, elaborei os conceitos da Psicoterapia Gestaltista, por entender que o comportamento humano resulta de relações perceptivas e não de motivações inconscientes como estabelece a Psicanálise -, diz Vera.
 
É fácil encontrar pessoas dizendo que atualmente o mundo, as pessoas vivem um momento, em que o ter ultrapassa o sentido do ser. Sociólogos e filósofos debatem a esse respeito nas faculdades. A Psicologia Gestaltista de Vera, segundo a proópria, "pode mudar esta realidade" ao "estruturar a vivência e a percepção das problemáticas".

- A Psicoterapia Gestaltista pode mudar essa realidade ao fazer com que sejam percebidas as possibilidades relacionais, as condições intrínsecas do humano que nas situações de não-aceitação são substituídas por aderências -, explica Felicidade.

De acordo com Vera, a grande mudança gerada pela Psicoterapia Gestaltista é questionar o ter e o ser dentro dos referênciais da própria problemática.

- Frequentemente as pessoas procuram a psicoterapia para a remoção, supressão de sintomas e problemas, sempre considerados como aderências, aspectos de sua personalidade, geralmente causados pela familia, pela sociedade, pelo trablaho, pelo casamento etc., graças à vivência parcializada, dividida, fragmentada, pontualizada e alienada dos mesmos. É caracteristico da despersonalização imobilizadora considerar que se tem problemas, nunca havendo uma percepção de que se é o problema -, explica.
 
- Esta é a primeira mudança provocada pela Psicoterapia Gestaltista ao estruturar a vivência e a percepção das problemáticas como intrínsecas e constituintes de sua personalidade, de seu estar-no-mundo, enquanto relacionamentos, motivações, aspirações, atitudes, comportamentos -, completa.
 
O relacionamento humano é eterno e que pode gerar conflitos e problemas tanto para mulheres quanto para homens. Segundo a psicoterapeuta, a carência, um dos sentimentos mais comuns, é intrínseca ao homem.

- Ela é intrínseca no sentido em que é constituinte do humano. A carência afetiva configura o outro no sentido de possibilidade ou de necessidade de relacionamento. Sendo intrínseca, assumida, a carência possibilita o outro existente; caso contrário, sendo uma necessidade, tornando-se extrinseca,  é uma barreira, começando o outro a ser uma meta, um obstáculo. Cada dia menos assumida, ela vai ficando cada vez mais instrumentalizada e em volta do ser humano se estrutura o vazio, resultante do outro como obstáculo,  do outro desumanizado,  inexistente -, constata Vera.
 
 
Autora de nove livros sobre a Psicologia Gestaltista em que os mais variados temas sobre o relacionamento humanos são abordados, o mais recente livro de Vera, "A realidade da ilusão, a ilusão da realidade" revela uma nova definição de realidade e de ilusão, onde será percebido a existência do dualismo entre ambos.
 
 
Para Vera, "a realidade virtual mudou o relacionamento humano".
 
- Isso se deve pela ampliação dos referenciais perceptivos. Real é o percebido, neste sentido contato virtual é real -, diz.
 
Neste mês de homenagens às mulheres, Vera Felicidade, diz "a mulher tem que ser percebido em sua essência humana" independente de tipificações e que a sociedade atual tem percebido a igualdade entre homens e mulheres.
 
- A mulher, antes de qualquer tipificação, tem que ser percebida em sua essência humana. Nesse sentido homens e mulheres são iguais. A so

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